21 setembro 2011

APRENDENDO BRINCANDO

A IMPORTANCIA DA AUTO-ESTIMA


Beatriz B. de Jesus

Ao sermos concebidos nos tornamos seres individuais e únicos, com características herdadas de nossos pais, recebemos um nome próprio, uma das marcas de identidade que vai nos acompanhar pelo resto da vida.
“O nascimento de uma criança determina um momento fundamental no seu desenvolvimento, a saída do útero materno resultará para o pequeno numa mudança espacial, temporal e orgânica, marcada por seu crescimento, pelo seu amadurecimento e pela carga hereditária com que ele nasceu, veio ao mundo” (LEVIN, P.52, 2001).
O desejo dos pais sempre será que seu filho nasça perfeito, com um desenvolvimento físico e intelectual normal. Quando esse fato não ocorre; isto é, a criança apresenta problemas de imperfeições físicas ou até mesmo neurológicas, mesmo que inconscientemente aparece um sentimento de não aceitação por parte dos pais, causando futuros problemas na maneira da criança ver o seu “EU” – uma baixa auto-estima.
“Se o filho não for o visível do pai, por exemplo, porque nasceu com algum problema neurológico, porque tem uma síndrome, ou órgão aleijado que o pai não pode tolerar e aceitar. Sendo assim, o invisível ao filho, não seria para o pai, mas o órgão, a síndrome ou a incapacidade.” (LEVIN, P.33, 2001)
Com base nas afirmações do psicólogo, psicomotricista e psicanalista, Esteban Levin, podemos dizer que o educando trás consigo, para o ambiente escolar, além de uma história de vida, uma carga emocional que interfere no seu desejo de aprender.
“Para que haja aprendizagem, intervém o nível cognitivo e o desejante, além do organismo e do corpo.” (FERNANDEZ, P87, 1991)
Acreditamos que o prazer e o desejo nos direcionam, nos comanda e é o ponto de equilíbrio para nos sentirmos seguros em qualquer situação de nossas vidas. Desta forma, uma criança que não apresenta distúrbios orgânicos, porém, não desenvolve sua capacidade cognitiva, supomos que tenha perdido, em algum momento de sua vida, o desejo e o prazer pela aprendizagem, e, inconscientemente se nega a pensar.
Logo, observamos que diante das dificuldades de aprendizagem, muitos pais e educadores têm se esquecido do papel do prazer e da função primordial da auto-estima, é ela que irá movimentar os estímulos para gerar bons resultados das relações entre prazer e aprendizado.
Todos nós seres humanos, temos o direito de ser felizes, de ser respeitados, de nos sentir capazes de optar por nossos gostos e desejos e de traçar nossa linha de vida, por meio de nosso trabalho e de nosso empenho.
    Portanto, a auto-estima é a “peça chave” fundamental que dá sentido à vida, sendo muito mais importante no processo ensino-aprendizagem do que se possa imaginar, e está totalmente relacionada com as influências do meio externo.
“... o aprendizado das crianças começa muito antes de elas freqüentarem a escola. Qualquer situação de aprendizagem com a qual a criança se defronta na escola tem sempre uma história prévia.” (VYGOTSKY, P110, 2000)
Conforme Vygotsky, o sujeito não só age sobre a realidade, mas interage com ela, construindo seus conhecimentos a partir das relações intra e inter pessoais, pois é na troca com outros sujeitos e consigo próprio que ele internaliza conhecimentos, papéis e funções sociais.
Segundo, Vygotsky a idéia que defende é se alguém não consegue fazer uma determinada atividade sozinha, mas, com a ajuda de outra pessoa é capaz de realizá-la.  Isso significa que esse indivíduo não tem total autonomia, mas já tem elementos que possibilitam a realização da tarefa.
Entendemos que a auto-estima é como a capacidade de “gostar” de si mesmo, de estar satisfeito consigo e com as coisas que faz. Devemos salientar em nossos alunos a importância de reconhecer as próprias qualidades, assim como, de amar-se e aceitar-se como um ser de valor, contribuindo assim para o crescimento na busca de tornar-se um sujeito útil, participativo e comprometido com seus atos perante a escola e o meio em que vive.    
  Dentro desse conceito, concluímos que o processo é mais importante do que o produto, e o professor deve ser visto como um mediador ousado, pesquisador, que provoca o avanço, com perspectiva e expectativa, mas acima de tudo, respeitando as limitações do aluno.    .
              Salientando que o planejamento de suas aulas, bem como o modo de transmitir esses conteúdos e principalmente seu olhar, pois consciente ou inconscientemente um professor tem o poder de alterar a auto-estima de seu aluno aumentando quando o mesmo recebe um elogio ou um olhar de satisfação ou desmotivando-o quando acontece o contrario, pois transmitimos pelo olhar sentimentos de aceitação ou rejeição, incluímos ou excluímos o nosso aluno.
               E como educadores, devemos promover situações desafiadoras, pois ao estimularmos a sua imaginação criadora, sua capacidade de pesquisa, seu gosto pela vida e o interesse pelo novo, formamos a cadeia da motivação que tem como conseqüência a elevação da sua auto-estima.

08 setembro 2011

Oiiiiiiiiiiiiiiiiii!

Que bom ver voce por aqui!!!!!
                                                              Beijinhos da profe Bea